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terça-feira, 22 de novembro de 2016

Herança maldita é o que FHC deixou para Lula, mostra Sicsú


Portal Vermelho 
21 de Novembro de 2016 - 14h21 



Desde que chegou ao Planalto, o presidente Michel Temer (PMDB) e sua equipe tentam colocar a culpa das dificuldades econômicas no gestão anterior, de Dilma Rousseff (PT). 

Em publicação na sua página no Facebook, o economista João Sicsú desmonta o argumento da "herança maldita" e mostra que Temer encontrou o país em uma situação fiscal melhor que aquela com a qual Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve que lidar, após duas gestões de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).


 

 

Para comprovar sua tese, o professor da UFRJ contrasta os números da dívida pública em proporção do Produto Interno Bruto (PIB). "FHC fez as dívidas bruta e líquida do governo crescerem de forma extraordinária", constata Sicsú.

No Facebook, ele escreve que, segundo dados do Banco Central, no início do governo tucano, a dívida líquida era de 23,1% do PIB. Ao final, em 2002, era de 57,3%. 

E a dívida bruta alcançou 76,1% do PIB. "Foi uma administração fiscal desastrosa, ainda mais porque FHC propagava que fazia privatizações para reduzir o tamanho da dívida pública", avalia.

De acordo com o economista, o ex-presidente Lula "conseguiu inverter a lógica de barbeiragem fiscal" dos governos de Fernando Henrique e reduziu as dívidas bruta e líquida, como proporção do PIB, respectivamente, para 64,7% e 37,4%. 

"A presidente Dilma deixou o governo com uma dívida líquida de 35,5% do PIB, em 2015. E com uma dívida bruta de 72,8% do PIB. O pior ano do governo Dilma, 2015, tem um resultado muito melhor que a herança que FHC deixou para os governos do presidente Lula", compara. 

O discurso falacioso de que as últimas gestões promoveram um quadro de agudo desequilíbrio fiscal é utilizado pelo governo Temer para justificar os problemas econômicos atuais e o ajuste seletivo que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, quer aplicar. 

É assim, por exemplo, com a Proposta de Emenda Constitucional 55 (ex-PEC 241), que estabelece um teto para os gastos públicos primários por 20 anos, mas não limita o crescimento dos valores que são canalizados para o pagamento de juros da dívida pública. 

O governo tenta convencer a opinião pública de que é necessário congelar depesas como saúde, educação e segurança, utilizando a ideia equivocada de que houve irresponsabilidade fiscal das gestões petistas. Mas os números mostram uma realidade diferente, como apontam diversos economistas.

Nesta segunda (21), durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, Meirelles voltou a defender as medidas de ajuste fiscal. Segundo ele, esta seria a única saída para equilibrar as contas, diante da alegada expansão de gastos dos últimos anos. 

"De 2007 a 2015, o crescimento das despesas primárias cresceu 56%, que foi o triplo da elevação do PIB, 18%”, discursou, sem mencionar os números dos governos do aliado Fernando Henrique Cardoso.


Do Portal Vermelho



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