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quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Pena que só tem Copa no Brasil a cada 60 anos

 
 
 
 
 
Um amigo, paradão no tempo, implicou ao nos  ver defender os benefícios da Copa 2014 para o Brasil. Disse que isso lhe provocava recordações de 70, Brasil ame ou deixe-o; questiona ainda para quem vai o bolo de 183 bilhões de reais que a Copa movimentará (segundo a FGV). 

Evidente que não tem nada a ver, é pura falta de bom senso misturar alhos com bugalho, querer igualar momentos políticos totalmente diferentes: a ditadura facínora que matava e torturava em 70 com o Governo democrático, progressista e distributivista da Presidenta Dilma, que, inclusive, foi uma das presas e torturadas pelo regime militar. 

É preciso tirar a poeira dos olhos, apear-se do facciosismo de querer fazer oposição cega a tudo para compreender a importância do Mundial para o nosso país. 

Aliás, não é à toa que a disputa para sediar uma Copa do Mundo é tão acirrada entre os países. E convém lembrar que da primeira e última vez que o Brasil sediou a Copa, em 1950, já se vão 63 anos. 

E o Maracanã - maior do mundo e orgulho do povo brasileiro- ficou pronto para aquela festa do futebol mundial, mesmo tendo gente agourando e torcendo contra.

 E a paixão brasileira pelo futebol não tem mesmo explicação, como também não tem as outras paixões nacionais: música, samba, carnaval, hospitalidade, generosidade, criatividade.




O competente e hábil Ministro do Esporte, deputado comunista Aldo Rebelo, comprovou dia desses, em entrevista, que a maior parte dos investimentos para a Copa, da ordem de R$ 28 bilhões, se destinam a obras de mobilidade urbana, e que não há recursos do Orçamento Federal aplicados em estádios. 

É sabido e consabido que parte dos recursos para a modernização dos estádios para a Copa vieram de empréstimos do BNDES para os clubes e consórcios responsáveis pelas Arenas. 

Normal, assim como o BNDES empresta para a Globo, JBS, e milhares de empresas agrícolas, industriais, comerciais e de serviços,  em atividade de fomento à economia. E tais empréstimos são pagos ao BNDES, conforme  os contratos e regras firmadas. Até aí nenhum prejuízo. 

A grande verdade é que Copa é boa para o Brasil, pois atrairá 600 mil turistas estrangeiros, proporcionará 3,6 milhões de empregos, mesmo que temporários, e movimentará estimados R$ 183 bilhões. 

 É certo que parcela desse montante irá para os cofres públicos, através de trobutos que serão arrecadados pelos Governos Federal, Estaduais e Municipais, recursos que poderão ser investidos em educação, saúde, segurança, transporte, infra-estrutura, em prol do povo brasileiro.

 Quem há de ser contra isso?




Em relação à receita auferida pelas empresas, parte majoritária dos 183 bi, é certo que isso fará girar e aquecer a nossa economia, ajudando no enfrentamento da crise sistêmica do capitalismo, garantindo empregos, reforçando a economia brasileira. 

Já o lucro das empresas irá para o bolso dos capitalistas, enquanto houver capitalismo é assim mesmo que funciona. 

Pode-se ser contra isso, evidentemente, e por  isso é que muitos de nós, milhões de brasileiros, lutamos pelo socialismo. Mas não é lutando contra a Copa que se constrói o caminho para o socialismo, evidentemente. 

 A FIFA vai faturar muito, grana grossa, não só com os ingressos vendidos,  mas principalmente com os contratos de publicidade e de direitos de transmissão para TVs, rádios e outros veículos de mídia de todo o mundo. 

Os faturamentos bilionários da FIFA - e há falcatruas, há sim senhor- revoltam não só os brasileiros, mas os povos de todo o mundo. Mas não é sendo contra a Copa que se enfrenta essa distorção de maneira racional e eficiente. 




Para se combater esse mal é preciso avançar para um novo modelo de governança esportiva global, com o conjunto dos países instituindo regras e limitações de ganhos na realização de eventos esportivos mundiais. 

Bem, mas diante de uma proposta dessa, logo logo vão dizer que a FIFA, o COI, a Associação da F-1 são entidades privadas, que atuam pelas regras de mercado, que não se pode impedí-las de buscar o lucro, que isso é intervencionismo, etc, o que só comprova que um novo sistema econômico, o socialismo, não só e possível, como também é uma necessidade para o progresso dos povos e da Humanidade. 

Bom, mas enquanto isso não se materializa, a FIFA neste 2014 vai  lucrar alto e a Globo e outras empresas vão faturar muito também, como sempre foi - só que dessa vez espertonhos terão que pagar impostos.

O jogo é esse, não adiantam as ilusões, e o Brasil está jogando bem, fará a COPA DAS COPAS. E ficará um legado importante, com centenas de obras de mobilidade urbana, com modernas arenas multiuso em 12 capitais, para futebol, shows, convenções, feiras, etc. 














PS: Para quem pensa pequeno e ainda acha que estádio só serve para futebol e vai virar elefante-branco, não custa lembrar que Paul  McCartney só veio fazer o belo show em Goiânia em 2013 porque aqui tem um magnífico Estadio Serra Dourada, capaz de suportar o grande público - cerca de 40 mil pessoas, não foi?

Olha só que maravilha em Goiânia:



 
 
 









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